"Talvez eu tenha assustado ela quando entrei sorrateiramente pela janela de seu quarto, esbarrando em um copo de vidro ao lado da cama e o deixando cair" BANKS A cozinha estava quieta, apenas o som da minha respiração. O aroma do molho fresco no ar, preenchendo o ambiente. Contudo, o que era para ser um momento de tranquilidade se transformou em algo estranho. Um ruído ecoou no andar de cima, interrompendo meus pensamentos. Meus dedos ficaram sobre a colher, meus sentidos em alerta. Um arrepio percorreu minha espinha. Subi a escada, O corredor estava vazio, apenas a luz da lua se infiltrava pelas cortinas entreabertas. Meu coração acelerou, uma sensação de incômodo. Entrei em meu quarto com uma colher na mão, me perguntei por que não ter pego uma faca pra me defender?, vasculhei por todos os lados e nada, vi que minha janela estava aberta então a fechei, ao olhar para trás notei meu copo de água caído, então foi isso que fez o barulho, juntei tudo e joguei na lixeira ao lado do meu armário. Fiquei ali, rindo de mim mesma por achar que alguém tinha entrado no meu quarto. AZAZEL Por sorte consegui me esconder no armário a tempo, em alguns segundos uma garota entrou no quarto com uma colher na mão, pensei que ela fosse idiota de pegar uma colher e não uma faca para se defender, fiquei quieto para que ela não me ouvisse. Ela começou a vasculhar tudo, debaixo da cama, atrás dos móveis, até chegou a a fechar a janela, pensei comigo como eu iria sair dali agora. Até que viu o copo quebrado no chão, por um momento ela parou e raciocinou o vento entrando pela janela e derrubando o copo, juntou os cacos e veio em direção ao armário, pensei que iria ser pego, mas ela jogou os restos na lixeira que estava ao lado do armário e ficou ali, parada, rindo sozinha por se achar sonsa, e foi aí que notei aquele sorriso, aquela risada parecia a canção de um anjo em meio a minha escuridão, ela sorria com o olhar. Ela era tão delicada, quem é eAll Rights Reserved
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