"Odiar faz parte de aprender a se amar e a se curar" Era o que a minha mãe sempre me dizia quando as pequenas e grandes coisas atormentavam minha vida. O tal de processo de cura doloroso, onde você era obrigada a se cicatrizar com a dor, com a raiva e com as mágoas. "Se o amor não conforta, ele te engole. Então odeie para não se afundar. Crissy, odeie com todas as suas forças para sobreviver a esse mundo ríspido e quebrado". Foram suas últimas palavras antes de seu último suspiro. Antes de eu guardar minha fortaleza no meu coração. De lembrar seu lema de odiar para se proteger. Mas, como eu poderia odiar a minha maior paixão? O meu maior amor? A minha vida? Porque ela estava destruída por completo, por um equívoco, um egoísmo humano, uma causa, uma consequência. Uma culpa e razão: Crissy, eu. Eu era a maior culpada de tudo e isso era fato. Mas, se minha querida garotinha ainda estivesse aqui, não seria um fardo, não existiria culpa. Afinal, quem sou eu? Uma mãe que lida com a perda? Ou uma mulher que se recusou a odiar para amar amargamente?All Rights Reserved
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