No eclipse, eu sou o Sol

Em um mundo onde a magia mostra-se um dom exclusivo das mulheres, Alden Flustern foi considerado pela Igreja como possuído por demônios. Antes mesmo que fosse capaz de caminhar sobre seus próprios pés, o bebê foi enviado para o Templo de Panqara a fim de ser purificado. Nessa ilha isolada do continente, somente mulheres escolhidas pela Igreja a frequentavam.

Sozinho e confuso, Alden cresceu sem entender o motivo de ser tão diferente dos corpos femininos com os quais convivia. Sua infância foi permeada pela violência contra seu corpo e pelo silenciamento de sua voz. Em meio a uma angústia aparentemente sem fim, o rapaz optou por tirar a própria vida.

Entretanto, o que lhe foi apresentado foi a oportunidade única de viver longe da ilha que fora a sua jaula durante todos aqueles anos. Alden se deparou com a possibilidade de escrever sua própria história, finalmente procurar as respostas para as suas inúmeras perguntas, e se reconstruir em uma identidade que poderia chamar de "eu".