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"Amamos a vida não porque estamos acostumados à vida, mas a amar. Há sempre alguma loucura no amor, mas há sempre também alguma razão na loucura.

- Friedrich Nietzsche."

Doutora Malisorn perpassa seus dedos sobre a frase impressa em seu livro velho e gasto de filosofia, onde sempre buscava respostas quando alguma dúvida surgia. Então, ergue o olhar calmo, porém, carregado de indagações até a cama de hospital onde a garota mais nova se encontrava deitada.
Com um suspiro pesado, ela se pergunta se de fato conseguiria passar por aquilo de novo e se vê derramando lágrimas solitárias, porque, ela finalmente tinha aberto seu coração e convidado aquela menina à entrar, tinha conectado suas almas e agora precisava ser mais forte que nunca, por ela, por elas. Então, Malisorn sente seu coração se acelerar em um misto de medo e realização, arregalando seus olhos e segurando o estofado da poltrona em que estava sentada.
Puff, de repente, ela se deu conta.

"Como posso saber quando amo alguém?" perguntou à Lux, sua amiga, em um certo dia.

"Ah, Faye..isso é algo que vem de dentro, quando realmente amamos alguém, a gente simplesmente sabe, simplesmente sente."

E agora naquele exato momento, segurando a ponta dos dedos de Yoko, Faye Malisorn sabia. Para ser mais sincera, tinha se jogado de cabeça antes mesmo de verificar se havia algum rio lá embaixo. E por sorte, ou destino, havia um mar.

- Eu... amo você, Yoko.