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Baixa reserva ovariana. Esse foi o diagnóstico que recebebi essa manhã em um exame ginecológico de rotina.
Eu sou uma mulher, aparentemente saudável, com apenas 25 anos de idade, uma carreira promissora, uma vida de luxo e prazeres que o dinheiro podia pagar, e estava a seis ciclos de ficar infertil.
Eu se quer podia culpar a mulher que me pariu, porque ela fez o favor de me anbandonar em um orfanato, me descartou num dia chuvoso e frio, no fim do mundo de Londres. E eu quase morri em uma pneumonia por ter ficado na rua até que uma das freiras me achassem.
Saber que eu tinha seis ciclos até ficar infertil e viver o resto da minha vida sozinha, me deixou desesperada para engravidar. Desde os nove anos de idade e mesmo sem saber como se faziam os bebês, eu queria ter um filho.
Aquilo era o que eu mais desejava no mundo, e ainda é, mesmo estando solteira e sem tempo para arrumar um parceiro que quisesse ter um filho comigo.
O risco de fazer um filho com alguém implicava em o cara também querer a criança e nós acabarmos em uma disputa por guarda compartilhada, por isso eu optei pela fertilização assistida.
Eu não precisava de um pai, apenas um doador!
Mas, após três meses de tentativas fracassadas com a FIV (fertilidade in vitro), quase falida e em uma última tentativa desesperada de conseguir conceber, eu decidi que tentaria da forma natural, e eu fui atrás de possíveis doadores de sêmen. Seria apenas uma noite e eles não precisavam saber dos meus planos.
E em uma noite de sábado, sentada em um pub no centro de Londres, procurando possíveis doadores no novo aplicativo de namoro que Adriana, minha melhor amiga, criou, eu percebi que seria mais complicado do que parecia, quando nenhum dos perfis me agradou.
Até que Saulo Brokman sentou-se ao meu lado no balcão e ali, depois de flertes, risadas e drinks, ele acabou se tornando o doador perfeito.