Uma poltrona fria, um copo de uísque, um caderno, uma caneta, o som da vida noturna e, junto com ele, as lembranças de vários amores passageiros e lascivos, as saudades das aventuras que surgem assim que os vampiros saem de seus caixões, junto com a vontade de ouvir novamente aquelas vozes dentro dos bares, nos motéis, nas casas e nas portas dos quartos que se abrem, nem que seja por um instante rápido de prazer. Fico escrevendo histórias eróticas, buscando a inspiração pelas madrugadas e vou me perdendo nessa boemia literária. Termino um conto, o pensamento viaja e vai à busca de mais inspirações e essas inspirações são tiradas da memória, marcadas por noites e mais noites encantadoras, ou através de conversas de mesas de bar, ou dos bordéis da vida notívaga. Nesse momento eu descubro que as palavras são poucas e as noites são curtas, mas continuo escrevendo e, no final, quando o dia amanhece, apresento esses contos eróticos, única e especialmente inspirados depois que o sol se põe, onde tudo de voluptuoso pode acontecer, até que os primeiros raios solares do novo dia apontem no horizonte. Boa leitura. Lutécio Falu.
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