Outono de 1962, os Estados Unidos da América está em guerra. Negros e brancos erguem seus punhos e voz contra uma sociedade racista, conservadora e capitalista. Todos os dias ouvimos pelo rádio que mais e mais pessoas se juntam as causas e partidos liberais. Muitos chamam de a ''Grande Revolução''. Nas cidades, negros e brancos dão-se as mãos e bradam discursos a favor da Liberdade...
Onde vivo, porém... é comum vermos negros sendo espancados e largados em valas para morrer. São tratados como bichos, desprezados e feitos de escravos. Embora a muito, aja leis contra escravidão, aqui, são os donos de terras, ricos mesquinhos e charlatões com poder, que regem as leis, baseadas em abuso e violência. Embora aja grande movimentação de negros protestantes em Washington, Nova York, e outras grandes cidades, aqui, o medo governa.
Posso ver acesa a chama contra o racismo nas grandes cidades, sei que isso está acontecendo, sei que essa luta precisa ser vencida... Mas não vejo essa chama em nenhum lugar por toda a imensidão desses campos, continuo vendo negros trabalhando como cavalos como se nada estivesse acontecendo lá fora. Ainda vejo as crianças e mulheres negras sendo abusadas... Sei que aquela chama está acesa dentro de mim. Mas sei que isso não é o suficiente...
Ayla é uma garota que enfrenta desafios que vão muito além da adolescência. Sob o mesmo teto que sua meia-irmã Sienna e seu padrasto abusivo, Marcos, ela luta diariamente para se proteger de um pesadelo que parece não ter fim.
Na escola, Ayla é rotulada como a nerd chata e certinha - uma imagem que Dylan, o bad boy, se diverte em reforçar. Para ele, ela é apenas uma garota sem graça, escondida atrás de livros e notas altas. E para ela, ele é um arrogante insuportável, cercado por problemas. Cada interação entre eles se transforma em uma batalha de provocações, olhares tortos e discussões acaloradas. O ódio entre os dois é intenso.
Mas o que começa como aversão logo se complica. Dylan começa a perceber uma atração inesperada por Ayla, enquanto ela luta contra seus próprios sentimentos confusos em relação a ele. À medida que se conhecem melhor, Ayla descobre que por trás da fachada durona de Dylan existe um cara sensível e quebrado.
Conforme a situação com Marcos piora, surge a dúvida angustiante: será que ela vai conseguir vencê-lo e se libertar?
"Eu te odeio pra caramba!"
"Me odeia, amor?"
"Você sabe que eu faria você ir nas alturas e esquecer essa sua raivinha por mim, né, anjo?"