Alice é uma observadora nata, alguém que constantemente analisa e repara em tudo e todos ao seu redor. Para ela, a vida parece um grande jogo de xadrez, onde cada movimento e decisão são calculados meticulosamente. Ela enxerga as interações sociais e os desafios diários como peças em um tabuleiro, onde ela, com sua astúcia e estratégia, tenta sempre estar um passo à frente. No entanto, sem perceber, Alice se envolve em um jogo perigoso contra um oponente invisível e imbatível, uma força maior que ela não pode controlar nem derrotar.
Esse oponente, que representa o destino, as circunstâncias ou talvez suas próprias limitações internas, joga com paciência e precisão, aguardando o momento certo para realizar um movimento decisivo. Alice, por mais que seja habilidosa, não consegue evitar a sensação de estar encurralada, presa em um jogo que não pode vencer, mas também não pode abandonar. Ela continua jogando, movendo suas peças com confiança, até que, em um momento inesperado, se vê em uma posição de xeque-mate, uma situação inescapável que a força a encarar a realidade: por mais que tenha tentado controlar tudo ao seu redor, ela estava destinada a perder. A sensação de estar presa nesse ciclo inevitável a consome, deixando-a vulnerável e sem saída, diante de um destino que, no final, sempre esteve fora de seu alcance.