"[...] As janelas de vitrais coloridos iluminavam o salão branco oval transformando o local celestial em algo infernal. Os corpos despedaçados espalhados pelo chão, o sangue cobria o mármore branco e respingava nas paredes como uma pintura abstrata em uma tela macabra. A cabeça do rei pendia para o lado, os olhos arregalados, já sem vida encaram Osha com pavor. O autor, vestido de preto da cabeça aos pés, estava de costas para ela, admirando sua própria obra. Como se sentisse a sua presença, ele se vira. Banhado pela luz dos vitrais, ele era belo e demoníaco como a própria morte. Ele sorri, um sorriso sádico que crescia ao vê-la tremer de horror. Um arrepio atravessa sua espinha quando o estranho cantarola seu nome: -Oshaaa [...]"