Em 2084, a humanidade alcançou o seu maior patamar evolutivo, em uma distopia cyberfuturista. Humanos carregam implantes para uso no dia a dia, braços são substituídos por membros metálicos, pulmões artificiais aprimorados para uma respiração melhor, pernas preenchidas com ligas de aço para saltos maiores. Qualquer parte humana pode ser trocada pelos chamados ciberequips, que se dividem em ciberimplantes, ciberorgãos, ciberarmas e cibermembros.
Nesse mundo moderno carros flutuam sobre os prédios, robôs e androides andam entre humanos, luzes, LEDs e neons cobrem os prédios, sendo verdadeiras gavetas humanas com iluminação colorida. Painéis digitais e holográficos substituem as telas, os celulares implantados em um processador direto na mente humana, em uma terra dominada por corporações de tecnologia e grandes investidores.
Apesar de todas as maravilhas de 2084, a humanidade sofre um colapso moral, mental e ético que se estendeu desde o início da primeira década completa dos anos 2000 até agora. Várias pessoas optam por seguir caminhos obscuros em troca de emoções e dinheiro fácil, com o mundo cyberfuturista é um prato cheio para eles. Entre todas as gangues e sujeiras das grandes cidades, encontram-se os chamados mercenários, realizando tudo por dinheiro, inclusive serviços questionáveis.
Entre lendas, doentes mentais e mercenários moribundos, Rayser Hoover, um rapaz de vinte e três anos, órfão e perdido na vida após uma abrupta demissão, opta por fazer um serviço sujo de risco baixo para pagar uma dívida com agiotas. Como todo o trabalho mercenário, algo dá errado naquele serviço. Um chip misterioso acaba implantado na mente de Rayser, um chip capaz de acelerar sua consciência a níveis absurdos, algo que nenhum outro biochip foi capaz de alcançar até aquele determinado momento.