Não, Sasuke pensou, olhando-a de perto. Ele não merecia a confiança ou a bondade dela; de ninguém da vila, nem mesmo de Naruto, mas muito menos dela. Hinata também sabia disso. O jeito como as íris dela tremulavam entre seu olhar e seus lábios demonstravam isso para ele. A forma como o ar entrava pelas narinas dela, e voltava pela boca dele, dividindo o mesmo fôlego quente; tudo lhe dizia que ele deveria se afastar. Soltar o pulso dela. Deixá-la ir. Pois não havia nada em comum entre eles, nada que os ligasse, nenhuma dor para compartilhar ou alegria que pudessem comemorar. E, no entanto, ali estavam eles, como um pôr-de-sol alaranjado depois de um dia chuvoso. Como um segredo que não pode ser dividido. Algo que não pode ser dito, nem em pensamentos, nem em voz alta, palavra por palavra. Desejando que estivessem mais perto.