Alastor. Cresceu em uma família não muito unida. Sofria abusos de seu pai constantemente. Sua mãe nunca fazia nada, apenas ficava olhando o que o marido fazia ao filho com uma expressão severa. Nunca havia sofrido nenhum tipo de abuso ou agressão do marido, parecia não ligar quando acontecia com Alastor. O homem nunca havia batido no filho, mas repreendia constantemente e gritava com o garoto por qualquer coisa que fizesse. Aos dezesseis anos, Alastor matou ambos. Queria saber como era. Sentir o sangue respingando em seu corpo e rosto. Queria ver a expressão de medo e dor que fariam ao morrer. Deu um jeito de escapar da mira dos policiais quando foi a delegacia chorando e pedindo ajuda, pois seus pais haviam sido brutalmente assassinados. Desde então, passou a se ver viciado nas sensações causadas ao tirar a vida dos outros. Nunca foi religioso. Se existia mesmo um ser superior, por que não o ajudara a não sofrer com os abusos parentais sem ter que tirar a vida dos progenitores? Mas e se, por acidente, seu anjo da guarda acabasse se revelando? A ideia de que realmente existia algo depois da morte não parecia mexer com Alastor. O problema, era que Lúcifer não queria que Alastor fosse condenado ao sofrimento eterno. Já não era mais apenas por sua missão - claro, era um anjo, não queria que ninguém tivesse que ser condenado ao sofrimento eterno -havia algo mais com Alastor, era uma questão pessoal do anjo. Queria que Alastor ficasse consigo, no Paraíso. Foi então que se viu mais determinado que nunca a fazer Alastor repensar seus atos e buscar a redenção.