No ano de 85 d.C., sob o céu tempestuoso de Porto Real, Alyssa Targaryen entrou em trabalho de parto. A dor era intensa, mas seu espírito era inquebrável. Ao lado de seu marido, Baelon Targaryen, o "Bravo", ela aguardava ansiosa a chegada da nova vida que carregava. As parteiras se movimentavam rapidamente ao seu redor, enquanto o rugido distante dos dragões ecoava pelo castelo, como se as antigas criaturas da casa Targaryen estivessem sentindo a aproximação de algo grandioso.
Finalmente, o choro do bebê encheu o quarto. Ao ser colocada nos braços de Alyssa, a criança tinha a aparência de um menino, mas Alyssa, com seu instinto maternal aguçado, olhou para a pequena com carinho. Havia algo nela, algo que os outros não podiam ver, mas Alyssa sentia com clareza: essa era sua filha. Mesmo que tivesse nascido com um pênis, Alyssa sabia, com toda a certeza de uma mãe, que aquela criança não era um príncipe, mas sim uma princesa.
Baelon, ao ver o recém-nascido, sorriu, orgulhoso de ter um novo "filho", um herdeiro forte, destinado a grandes feitos, tal como ele. Ele a nomeou de acordo com as tradições Targaryen, já imaginando o futuro grandioso que a aguardava como um príncipe, guerreiro e cavaleiro. Mas Alyssa, em silêncio, conhecia uma verdade mais profunda.
Com o passar dos primeiros dias, Alyssa começou a cuidar da filha com um amor e uma aceitação que poucos em Westeros entenderiam. Embora o mundo a tratasse como um "príncipe", ela nunca deixou de ver a essência de sua filha. Ela sabia que, em um reino onde o poder e a aparência reinavam, seria difícil para sua criança encontrar seu verdadeiro lugar. Alyssa prometeu a si mesma que faria de tudo para protegê-la, tanto das intrigas da corte quanto das expectativas sufocantes da sociedade.
No entanto, enquanto Alyssa aceitava a verdade em seu coração, o mundo ao redor mal começava a entender o impacto que essa criança teria, não apenas na linhagem Targaryen,.
(Observação
LOVING ARMS - RHAEGON VELARYON
Rhaegon fora o primeiro filho de Rhaenyra Targaryen, até os 18 anos de sua vida, nunca soube a verdadeira identidade de seu pai, talvez fosse Daemon Targaryen ou Harwin Strong. Muito improvável de ser daquele que o garoto carregava seu sobrenome; Laenor Velaryon.
A dúvida era clara pois diferente de seus irmãos - Jacaerys e Lucerys - Rhaegon nasceu com o cabelo tão prateado quanto o de sua mãe.
Helaena Targaryen, a filha excluída, esquecida e muitas vezes abusada. Taxada como louca por ter visões nas quais estão além da compreensão de outros.
Uma menina meiga, doce e pura, que preveu seu futuro inteiro mesmo sem saber.
Já sonhava com Rhaegon antes mesmo dele nascer.
O primogênito de Rhaenyra sempre teve dificuldade na fala, não era mudo com certeza, mas sua língua ficava inchada só de pensar em ter que falar algo. Mas mesmo assim, a vontade de falar com a garota de cabelos encaracolados foi muito maior do que qualquer medo.
O amor que os dois nutriam um pelo outro era visto por qualquer um, embora desaprovado por muitos. Como a mãe de Helaena, Alicent.
E depois de anos vivendo calada sobre o manto dos verdes, decidiu que não iria mais sofrer daquela forma.
Ela jurou matar e destroçar cada um daqueles que um dia a fizeram mal: "Voltarei para casa com a cabeça de um abusador na mão, e o olho de um rancoroso na outra."
E ele por si, jurou protege-lá e estar ao seu lado para quaisquer coisas que ela teria que fazer, mesmo que isso significasse a queda de sua própria família: "Juro estar ao seu lado, e com meus braços proteger cada molécula de seu corpo pelo nosso amor."