Há antigos versos, cujo autor permanece envolto em um véu de mistério, como se a própria origem das palavras estivesse guardada pelos deuses. Dizem que esses poemas nasceram de uma fonte insondável de sabedoria, onde cada estrofe carrega o peso dos séculos e o perfume da eternidade.
A beleza dos poemas, porém, não reside apenas no que dizem, mas no que deixam de dizer.
Eles sugerem, insinuam, convidam o leitor a decifrar significados ocultos, como se cada verso fosse uma chave para um segredo maior, conhecido apenas por aquele que ousa ir além das palavras. E assim, o verdadeiro autor permanece um enigma, tal como os segredos que ele eternizou nas linhas que resistem ao tempo.
É através de sua voz poética que o conhecimento toma forma - sublime, sofisticado, e ao mesmo tempo simples, convidando cada alma a desvendar os mistérios mais profundos e a ouvir o sussurro do cosmos.
Em um monólogo da mente, descobrem-se as verdades que a racionalidade não a permite conhecer. Dividido em três partes, Telegramas é uma viagem do psíquico pelo espectro do autoconhecimento. Do tormento à libertação, da condenação à esperança, da dor à loucura, as narrativas se direcionam segundo a emotividade da mente: ao intelecto, perdido e solitário; à modernidade, fria e hipócrita; e aos amores, dolorosos e eufóricos.
Aviso: trata de assuntos delicados como depressão, solidão, e alusão ao suicídio.
*Destaque do mês de Março da PoesiaLP
*lista de Melhores Historias de 2022 da AmbassadorsPT