Quando comecei a escrever esse diário, prometi que não pularia partes para acelerar os últimos seis meses até o presente momento. Apesar de parecer estupidez, escrever vêm sido a única forma de remover de mim uma série de angústias que eu não me lembrava de carregar. Na escola, estudamos em geografia e história a passagem do tempo entre as alterações da Terra e o surgimento da vida. Milhões de anos se passaram até que um animal aquático resolvesse pisar em terra firme, enquanto toda a existência da humanidade pode ser resumida em bem menos que a metade, e ainda assim tanto aconteceu. Conforme me aproximo do dia em que conheci Park Jimin, mais difícil fica manter o compasso e não colocar a carroça na frente dos bois. Ele é essa mudança súbita, uma evolução desenfreada que devia ter se extendido por bilhões de anos e aconteceu num piscar de olhos. Tipo um ponto de ruptura.