Quando Rebecca Audrin, uma estudante de psicologia cheia de sonhos e feridas escondidas, inicia seu estágio no Hospital Psiquiátrico Dymphna, ela não imagina que encontraria um lugar onde os vestígios de seu passado são quase palpáveis, suspirando pelas paredes. O que começa como uma experiência acadêmica logo se transforma em uma jornada que desafia sua sanidade, sua empatia e sua própria alma.
Atraída pela complexidade de seus pacientes, especialmente por Daniel Lawrence ⎯ um homem enigmático e quebrado, envolto em sombras e amargura ⎯, Rebecca sente uma conexão inexplicável, que a puxa como um ímã, rompendo as barreiras da razão. Ele é a personificação dos traumas que ela sempre quis curar, mas, ao se aproximar, percebe que tocar as feridas de Daniel é como encostar em brasas: ele manipula, provoca, mas, ao mesmo tempo, revela pedaços de uma dor que ecoa com a dela.
Nos momentos entre palavras e silêncios, Rebecca sente sua própria vulnerabilidade pulsar, como uma ferida que ela tenta esconder até de si mesma. O profissionalismo, antes sua maior virtude, começa a se dissipar, e ela se vê presa entre o dever e o desejo de curar - ou, talvez, de ser curada.
Nesse cenário, onde segredos dançam com os pensamentos mais profundos, Rebecca se depara com a verdade crua sobre a humanidade - com as falhas e fragilidades, com os impulsos que tentamos ignorar e os sentimentos que insistem em nos quebrar e moldar. Agora, em um mundo onde seu coração é tão vulnerável quanto o de seus próprios pacientes, Rebecca deve descobrir até onde está disposta a ir para salvá-los, mesmo que isso signifique perder-se ao longo do caminho.