A escuridão se movia com ele, a escuridão era ele. O guerreiro andava junto á ela em sua procura incansável pelos últimos seiscentos anos, andou junto á escuridão para recuperar o que lhe fora roubado, reconstruir o que fora desfeito e encontrar os perdidos de seu reino, vagava como um andarilho por todas as nações e nenhuma nunca se pareceu, nem mesmo um pouco, com seu lar, com sua cultura há séculos perdida, com seu povo há séculos caçado e dizimado. Ele encontraria seu objetivo, encontraria seu poder, conquistaria tudo de novo. Ou não. Ela abriu um caminho de incertezas ao cruzar seu caminho naquele castelo antigo e complexo, derrubara suas barreiras e o fizera confessar coisas que nunca ninguém antes soubera. A mulher de fios extraordinários e longos agora competia com ele pela fonte de poder e conhecimento, ambos presos em um castelo há séculos, ou milênios, abandonado, brigavam por um objeto amaldiçoado, que prometia coisas demais para se cumprir. O guerreiro e a jovem pesquisadora descobririam mais coisas do que esperavam, encontrariam mais perigos do que o esperado, se apaixonariam e se destruiríam na mesma intensidade, mas se refariam, um pelo outro, e pelo objetivo em comum. Poder.