Christopher Bang vivia feliz em sua casa na Austrália com seus pais e seus pequenos irmãos. Sempre foi um garoto muito tímido e educado, porém corria pelas ruas com seus amigos após o fim das aulas diárias, às vezes causando reclamações dos vizinhos (podia ser caótico quando queria, sorte que ele não queria tanto assim). Até que, aos seus 15 anos, Christopher se muda para a Coreia, o país de seus avós, tendo que adotar o nome coreano BangChan, não queria sair de sua zona de conforto para simplesmente se mudar para um país no qual não sabia sequer a língua nativa, mas não havia escolha.
Completou seu ensino médio lá se sentindo mais infeliz do que nunca, afinal não conseguia ao menos visualizar o seu futuro sendo aquilo que sonhou ser desde a época que aprendeu a sonhar, que era tocar as pessoas com sua música. Desde que chegou neste país começou a se fechar mais para todos, não sabia se era rancor pela mudança repentina, puberdade ou qualquer outra coisa.
Não havia do que sentir rancor afinal, mudanças acontecem e são necessárias, talvez fosse apenas o fato de não ter feito amigos significativos desde então. No começo era apenas por causa da barreira linguística, mas agora a barreira era invisível uma na qual nem Chris e nem ninguém poderia identificar, não sabia o que estava acontecendo consigo, sentia-se perdido em um poço de raiva e medo, esse sentimento era muito assustador.
Ele se perdeu no meio do caminho, em uma rua solitária, a única solução seria encontrar crianças perdidas assim como ele.