Meus pais costumavam me falar que a morte sempre andava comigo, e sinceramente? Eles não poderiam estar mais que certos. O vermelho do líquido quente coloria meus mais profundos traumas como uma cicatriz horrenda, vibrante como a pequena esfera que rolou até mim naquela noite tempestuosa em Valle Dei Dimenticati. Vermelho como os fios da figura que andava lentamente em minha direção pela estrada rochosa do cemitério, encarando-me profundamente como se pudesse ler cada centímetro de minha alma. Seu olhar penetrava-me como uma adaga afiada, rasgando o resto de sanidade que restava em mim, sua voz, como um instrumento arrebatador, lembrava-me de mais uma decisão ruim que havia tomado ao invadir àquela propriedade, onde as entidades usufruem de seu descanso eterno. "[...] deixem que eu me apresente primeiro. Sou Vermelho, àquele que vocês referem-se como Diabo."