Bela é uma garota comum, de uma cidade comum, com uma família e uma vida tão comum quanto todo o resto. A única coisa incomum que havia nela era seu hábito de leitura. Em que ano ela acha que está? É 1750, mulheres não lêem! Mas esse pensamento arcaico não importava para Bela, ela leria eles gostando ou não. A beleza de Bela fazia júz ao seu nome; seu charme era casto e puro, mas sua língua era afiada - nos momentos certos - e seus olhos brilhavam de coragem. Seus cabelos eram castanhos e longos, desciam em ondas até seus cotovelos, seus olhos eram castanhos também, um tanto mais claros, no entanto. Não dá para dizer que ela era a mais linda das mulheres, ela não se achava assim. Mas algo despertava o interesse das pessoas. Talvez fosse seu sorriso sincero, ou sua forma direta de falar... Mas infelizmente, isso também chamou a atenção do garanhão da cidade, que vivia no pé de Bela. Para ele não bastava que todas as outras moças estivessem ao seus pés. Um dia, então, como qualquer outro, Maurice, pai de Bela, teve que fazer uma viagem curta para a outra cidade. Era um trajeto conhecido, não tinha com o quê se preocupar. Mas Maurice não voltou no dia previsto. E ele nunca se atrasava. Em hipótese alguma. E é aí que tudo começou...All Rights Reserved
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