Nova Realidade no Abrigo Ao entrar no abrigo, fui envolvida por uma mistura de ansiedade, tristeza e um lampejo de esperança. O ambiente, um labirinto de corredores com paredes desgastadas e um cheiro forte de desinfetante, refletia a dura realidade de tantas crianças. Meu irmão, prestes a completar três anos, segurava minha mão com força, seu olhar inocente repleto de medo e confusão. Sentia uma frustração crescente com as regras impostas pelos tios do abrigo, que decidiam como eu deveria cuidar dele. Queria ser a mãe que ele nunca teve, mas me sentia impotente diante das limitações. No entanto, a cada dia, ao cuidar dele e fazê-lo rir, percebia que estávamos criando um novo começo. O abrigo, apesar de ser um lugar de dor, era nossa oportunidade de fortalecer nosso laço. Nossos dias eram uma montanha-russa de emoções, mas a força do nosso amor era inabalável. Juntos, estávamos prontos para enfrentar o desconhecido, determinados a transformar aquele abrigo em um lar temporário onde pudéssemos florescer.