O Desejo da Estrela

O que acontece quando você não possui um destino?
Em Dragonfly, onde tudo é preto e branco e coisas como cores e sentimentos são inexistentes, é um verdadeiro infortúnio chegar aos seus dezoito anos sem um destino, pois se as estrelas sagradas não lhe reservaram uma mísera linha sobre o seu futuro para que os sacerdotes gravassem em pedra, todos sabem que o que lhe aguarda na próxima lua é: sofrimento, fracasso e muito possivelmente, o fim de sua história.
Uma história que mal começou e portanto, nunca será contada, logo, jamais será lembrada. Será
completamente inexistente para as gerações futuras. O destino daqueles para os quais as estrelas se mantêm caladas, é o desaparecimento. Sua existência é apagada e esquecida da mesma forma que foi criada, simples assim.
Áster Sirius havia acabado de completar seus dezoito anos. E nem mesmo uma linha sobre algo em relação a ela havia sido escrito em alguma pedra pelos anciãos, nem uma mísera palavra para salvá-la de ter sua existência apagada para sempre de alguma forma.
Sem qualquer perspectiva sobre o futuro, e um grande e misterioso desastre se alastrando por toda aldeia, Áster se vê obrigada a fazer o que todos sempre lhe disseram para não fazer: um desejo para uma estrela.
Dizem que em noites como essas, quando as estrelas visitam a terra, você pode encontrar uma estrela. Um desejo será concedido a qualquer pessoa que conseguir pegá- la em suas mãos antes que ela alcance o solo com sucesso. Mas estrelas são cruéis e traiçoeiras. E em troca, ela irá tomar algo que a pessoa mais gosta.
Mas Áster não tinha nada a perder. Na ausência de um destino, decidiu ela mesma criar o próprio. O que a jovem garota não sabia é que isso viria se tornar a coisa mais difícil - e dolorosa - que havia feito em toda vida. Agora, ela tem uma missão. Desvendar os mistérios por trás da magia das estrelas ou para sempre perder o que é mais importante para seu coração.