Um oceano de mar sem terra, uma morada vaga de estadia curta, visões de caleidoscópio durante o breu na noite: uma pequena dose do cinismo de Diógenes a cada entrelinha prescrita. "Ser ou não ser, eis a questão". Shakespeare e suas questões subjetivas, a guerra semântica que batalha constantemente entre tipos e mentes. Muito além do entender, está o compreender, a insanidade é louca e anárquica, porém também uma doce e sublime homenagem à essência da existência: o viver. Não garanto mil palavras calculadas no compasso das métricas de Melo Neto, todavia a única certeza que dou são as incertezas da verdade, são os versos de insanidade. Durante pouco mais de dois anos, construí trechos filosóficos, teatros, contos e poesias, decorrência de vivências pela rotina, um descanso da mente em meio as palavras, usei da escrita e da subjetividade para descarregar minhas ideias e sentimentos, não foi e talvez nunca será uma profissão, não escrevo para receber valores capitais, senão apenas um lugar, um pequeno espaço na mente daqueles que provam o gosto da gota de insanidade.
Em um monólogo da mente, descobrem-se as verdades que a racionalidade não a permite conhecer. Dividido em três partes, Telegramas é uma viagem do psíquico pelo espectro do autoconhecimento. Do tormento à libertação, da condenação à esperança, da dor à loucura, as narrativas se direcionam segundo a emotividade da mente: ao intelecto, perdido e solitário; à modernidade, fria e hipócrita; e aos amores, dolorosos e eufóricos.
Aviso: trata de assuntos delicados como depressão, solidão, e alusão ao suicídio.
*Destaque do mês de Março da PoesiaLP
*lista de Melhores Historias de 2022 da AmbassadorsPT