O cheiro de sangue e fumaça invadia seus sonhos, como se ainda estivesse no campo de batalha. ALARIC acordou com um sobressalto, o corpo coberto de suor frio, os gritos dos homens ecoando em seus ouvidos. Lá fora, a noite estava quieta, exceto pelo vento que soprava entre as tendas do exército. Mas dentro de sua mente, o caos não cessava.
Ele apertou os punhos, tentando afastar as imagens que o assombravam - rostos de amigos e inimigos caindo, o aço cravando na carne, o som da madeira em chamas consumindo vilarejos inteiros.
ALARIC sabia que a guerra ainda não havia terminado, e que, ao amanhecer, ele enfrentaria mais uma vez o inimigo no campo. Mas os sonhos o torturavam tanto quanto qualquer batalha real.
Ao seu lado, a espada repousava silenciosa, um lembrete de que o dever ainda o chamava.
O destino de seu reino dependia de sua força, mas, naquele momento, o peso da responsabilidade parecia insuportável. E, em meio à escuridão, ALARIC se perguntava se algum dia voltaria a encontrar paz - ou se a guerra já havia roubado tudo o que ele era.
Alaric se levantou de onde estava deitado e saiu para pegar um pouco de ar. A brisa noturna era fresca, mas o que realmente chamava sua atenção era a lua, grande e brilhante, dominando o céu com sua luz prateada. As sombras das árvores dançavam suavemente ao seu redor, e o silêncio da noite parecia contrastar com o caos que ainda ecoava em sua mente. Ele respirou fundo, tentando acalmar o tumulto que sentia no peito, mas sabia que nenhuma brisa ou visão celestial conseguiria afastar as memórias que o atormentavam.