A Pousada Vale dos Risos.

Para Amara, a viagem do colégio ao parque aquático Cascatas seria incrível. Lá ela teria Ana Helena, Ana Lívia e Ana Vitória, suas três melhores amigas, para conversar sobre suas boybands favoritas, rir de tudo a sua volta - quando está com suas fiéis companheiras tudo se torna magicamente hilário - e até mesmo falar sobre Guga, o novato em sua sala de aula que roubou seu coração assim que o viu. Mal podia se aguentar de felicidade para chegar em casa e entregar para seus pais o bilhete de autorização.

Ela só não esperava que seu mundinho perfeito dos sonhos iria desaparecer. Seus pais, Senhorita Amanda Marantes e Senhor Maraldo Marantes, lhes receberam com a notícia de que as férias de verão já estariam reservadas para uma grande viagem em família para um vilarejo medieval - ideia do Tio Beto para "unir" a família.

Enquanto suas amigas na manhã seguinte estariam de malas prontas e com sorrisos brilhantes no rosto, Amara estaria dentro de um carro pequeno e apertado, junto com seus pais e sua avó - que não esforçava muito para prender seus próprios gases -, vendo suas férias incríveis escaparem por suas mãos.

O jeito seria esperar até o ano que vem, já que naquele ano, além de ter que ficar com sua família, acabou se vendo em uma pousada feia por causa da pouca gasolina do carro. Ao invés de toboáguas e picolés, Amara terá que enfrentar funcionários estranhos, um cheiro esquisito no ar, móveis rangendo a todo momento, um parquinho que os brinquedos balançam sozinhos e uma grande maldição que ronda a Pousada Vale dos Risos.

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