Morgana Mahasiah vinha de uma família grandiosa e gloriosa, cujo poder se estendia por gerações, marcado por uma habilidade singular conhecida como manipulação de sangue. No passado, seus ancestrais fizeram seus inimigos tremerem de medo com o poder que detinham. Aqueles que liam sobre a fama dessa linhagem viam neles uma inspiração. No entanto, com o passar do tempo, o legado da família foi levado à beira do esquecimento, como um fantasma que quase ninguém mais mencionava.
Morgana era vista como um anjo caído, uma figura destituída de suas asas. Para alguns membros de sua família, ela era a ovelha negra, aquela que não se encaixava nos padrões de perfeição e poder. Impulsiva e intensa, Morgana não escondia sua natureza feroz, o que a fazia ser criticada frequentemente. Alguns a chamavam de aberração, outros, de tola, como sua própria mãe, que frequentemente a culpava pelo abandono de seu pai. Ele partiu assim que soube que sua mãe estava grávida, e Morgana, quando criança, não entendia o porquê de tamanha culpa sobre seus ombros. Com o tempo, porém, as peças começaram a se encaixar, e ela percebeu que sua mãe a via como um símbolo de fracasso e dor.
Apesar de compreender os sentimentos de sua mãe, a mágoa era inevitável. As brigas entre elas eram constantes e cada vez mais intensas. Até que, em uma discussão particularmente amarga, sua mãe decidiu mandá-la para a Nevermore Academy.