Desde o momento em que seus olhos se cruzaram, Dean sentiu algo diferente. Não era uma atração comum, nem algo que ele pudesse explicar facilmente. Era como se uma força invisível o puxasse em direção a Castiel, uma sensação inexplicável que o deixava desconcertado. Quando Castiel finalmente levantou os olhos, mesmo sem encarar completamente a turma, foi como se o tempo tivesse desacelerado por um segundo.
Dean fixou o olhar no rosto de Castiel, seus olhos profundamente azuis parecendo quase perdidos em algo distante, como se ele estivesse preso em seus próprios pensamentos. A pele de Castiel era pálida, quase etérea, com uma suavidade que parecia impossível, como se ele fosse feito de algo diferente, algo que Dean nunca tivesse tocado antes. O cabelo preto e desordenado caía levemente sobre a testa, como se fosse um reflexo de sua própria resistência ao mundo ao seu redor.
Mas não foi só o rosto. Era algo na maneira como ele se comportava, a energia calma, mas quase tangível, que emanava dele. Castiel não precisava dizer uma palavra para Dean sentir que havia algo mais ali, algo profundo e difícil de desvendar. A cada segundo que passava, Dean sentia-se mais atraído, não por sua aparência, mas pela aura misteriosa que parecia envolvê-lo, como se ele fosse uma incógnita que Dean precisava entender, ou talvez apenas se perder.
Ele queria se aproximar, mas algo o impedia. Era um medo estranho, não de Castiel, mas do que sentiria se finalmente se entregasse a essa sensação, essa atração irresistível que ele mal conseguia controlar.
E ali, naquele momento, Dean soube. Havia algo em Castiel que o deixava completamente fora de controle, algo que ele não sabia explicar, mas que o puxava para ele, sem escapatória.