Tudo começou no encontro anual das raposas.
- O que acha de adoção? - Andrew perguntou em voz baixa, falando em russo.
- Eu acho que é um assunto que precisamos de calma para conversar sobre.
- É algo que você odiaria?
Ele sabia que Andrew não estava falando da adoção em si. Ser pai. Odiaria ser um pai? Neil olhou ao redor, e viu o mesmo que Andrew. Os amigos viviam implicando com a forma que os dois pareciam sempre sincronizados, mas Neil sabia que era mais do que uma conexão divina.
Andrew e Neil viam o mundo com a mesma cor, o mesmo formato. Onde os amigos viam um dia comum sendo celebrado de forma banal, eles viam uma infância perdida. O que para Andy, Bryan e Amália era só mais um encontro com os amigos barulhentos dos pais, para eles era a celebração de que os três nunca precisariam entender o que eles entendiam. E infelizmente ainda existiam muitas outras crianças que também entendiam.
- Não, eu não odiaria.
Onde Andrew e Neil decidem adotar uma criança e dividir sua família com alguém que precise tanto de acolhimento quanto eles precisaram um dia.