Cicatrizes Invisíveis

Introdução

O silêncio da casa parecia pesar mais nas noites em que todos estavam fora. Era nesses momentos que S/N, com apenas 17 anos, sentia um nó apertar em sua garganta. Vivia cercada pela família, mas ironicamente, era em casa que ela mais se sentia sozinha e vulnerável.

Seu avô, Samuel, um homem aparentemente amoroso e respeitado por todos, escondia uma face cruel e repulsiva. Quando a casa estava vazia, ele se transformava em um predador silencioso, quebrando a inocência de S/N de forma cruel. Ela lutava contra o medo, a vergonha e a culpa que ele fazia questão de plantar nela, manipulando-a a manter segredo.

A única luz em meio à escuridão era Mia, sua melhor amiga. Aos 18 anos, Mia era vibrante, forte e parecia carregar o peso do mundo com uma leveza que S/N invejava. Era para Mia que S/N contava tudo, de lágrimas nos olhos, enquanto tentava encontrar algum sentido em meio ao caos. Mia não era apenas uma amiga; ela era um abrigo, alguém que prometia lutar por S/N mesmo quando ela mesma não conseguia.

Mas, em meio à dor, algo inesperado aconteceu. S/N conheceu Noah, um garoto um pouco mais velho, que parecia enxergar nela algo que ninguém mais via. Ele não sabia sobre seus segredos, mas sua presença era como um bálsamo. Seu olhar carregava compreensão, e sua voz, uma calma que S/N nunca havia experimentado.

Essa é a história de S/N, de como ela encontrou forças para enfrentar seus piores medos e transformar sua dor em coragem. De como o amor e a amizade podem ser a chave para reconstruir uma vida que parecia perdida.

Era o começo de uma jornada difícil, mas que prometia um destino diferente: a liberdade.

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