imensos livros guardam algum detalhe sobre alguma Maria: as estrelas, a virgem, a prostituta, a que ungiu os pés de Cristo ou aquela que é comum ao mesmo que especial demais para não ser esquecida. Maria de nome conjunto ou só Maria como aquela vizinha ao lado, a vida também coleccionava algumas. Umas que costumam ser musas para alguns, mas não apreciadas por outros.
Melhor, Maria Madalena - não aquela que teve sete demónios expulsos - não tinha muito o que contar, talvez por isso ninguém olhasse de facto e gostasse. E em seu silêncio, enquanto o nascimento de Jesus era comemorado nalgum canto, com cânticos alegres e corações cheios de esperança, a sua vida era picotada e recontada em trechos em que ela tentava perceber o que era o amor - não o amor de Cristo, porque, afinal, não era sobre ele -.