Sob o céu condenado

Na vila de Blackthorn, o som da igreja sempre dominava. Campanas ditavam o ritmo da vida: a missa, o trabalho, a colheita, e, às vezes, o julgamento. No entanto, entre os campos e florestas sombrias, escondia-se uma amizade que desafiava as leis da época.

Sarah Phin era filha de um moleiro. Seus cabelos ruivos brilhavam como o fogo e eram motivo de sussurros entre os vizinhos supersticiosos. Petra, por outro lado, tinha olhos tão escuros quanto a noite e mãos habilidosas no trabalho de curandeira, aprendidas com sua avó. Cresceram juntas, rindo às margens do riacho e sonhando com um futuro longe das paredes opressoras da vila.

Aos olhos de Blackthorn, as duas eram diferentes demais. Talvez perigosas. E, quando a colheita falhou e o medo dominou a comunidade, Sarah e Petra foram acusadas de bruxaria. Mas o que ninguém esperava era a força de um amor que cresceu entre as chamas da desconfiança.