Quando os nossos olhos se encontraram... o mundo parou.
Não foi só um olhar. Foi tipo um trovão que rasga o céu da favela no meio da madrugada. Primeiro, eu trombei o olhar da Manu - firme, cheio de atitude, daquele tipo que desafia. Depois, foi a Lara... e aí, parceiro, foi foda. Os olhos dela pareciam esconder um mundo inteiro, um misto de doçura e perigo que me desmontou na hora.
As duas vinham do corre, da quebrada, do sufoco - mas carregavam algo que nenhuma arma no mundo podia proteger: lealdade. Entre elas existia amor. Daqueles que não se explica, só se sente. E eu, logo eu, o Barão da Rocinha, que nunca me rendi pra ninguém... me vi entregue.
Quando nossos olhos se cruzaram, não foi só desejo. Foi destino.
E ali, no meio do morro, onde o amor é sempre testado na bala, na fé e na pele... a gente decidiu que não ia amar pela metade. Ia amar por inteiro. Os três. No fogo, na guerra, na cama... e no coração.
TENSO. ÍNTIMO. Uma mistura perigosa de atração e caos.
Bárbara tem um jeito que desarma. Suave, linda, meiga, daquelas que falam baixo, mas fazem o coração bater alto. O olhar dela é puro, mas tem algo ali... uma força escondida que ninguém entende até ela precisar mostrar.
Davi é o oposto. Bruto, cheio de gíria, voz rouca e postura de quem não abaixa pra ninguém. Mandão, intenso, mas com um charme que prende. Quando ele fala, é no ritmo da quebrada; quando olha, é como se o mundo tivesse parado pra ouvir o que vem depois.
Entre eles, é faísca. A calma dela acende o fogo dele e o caos dele é o que faz ela sentir que está viva.