O silêncio era ensurdecedor. Não o silêncio da ausência de som, mas o silêncio opressor que antecede a tempestade. Era o silêncio dos pensamentos que se agitam como um turbilhão, das palavras que se engasgam na garganta, dos sentimentos que se acumulam como nuvens carregadas. Era o silêncio de Lucas.
No limiar entre a sanidade e a loucura, entre a esperança e o desespero, Lucas se encontrava preso em um labirinto sombrio, onde as paredes sussurravam segredos inconfessáveis e o chão tremia sob seus pés. Vozes, ecos de uma mente atormentada, o assombravam dia e noite, tecendo uma teia de dúvidas e angústias que o sufocava lentamente.
Em meio ao caos interior, um caderno se tornara seu confidente silencioso, um refúgio onde as palavras, antes presas, finalmente ganhavam forma. Ali, entre linhas tortuosas e páginas amareladas, Lucas depositava seus medos, suas incertezas e a dolorosa ambivalência que o consumia.
Sete vezes sim, sete vezes não. A balança da vida oscilava perigosamente, ameaçando despencar a qualquer momento. A cada novo dia, a cada novo sussurro, a cada nova lágrima, a sombra da dúvida se alongava, obscurecendo qualquer vislumbre de luz.
Esta não é uma história sobre finais felizes ou soluções mágicas. É uma história sobre a fragilidade da mente humana, sobre a luta silenciosa contra demônios internos, sobre a busca incessante por um fio de esperança em meio à escuridão. É a história de Lucas, um grito silencioso em busca de compreensão.
Adrien é um garoto que vive sua vida preso em uma gaiola social, feita por seu pai. O que come... aonde vai... com quem anda... tudo é decidido primeiramente por seu pai.
Uma dia, ele esbarra com um garota, que sem que ele esperasse, faz sua vida virar de ponta cabeça.
Em meio a curiosidade, ela mostra a ele o mundo que ela vê com seus belos olhos azuis. Um mundo repleto por cores em vários tons, que alegram a vista.
E esse mundo... é o mundo que quer viver.