O som do núcleo pulsante preenchia o laboratório, um zumbido constante, como se o próprio arcano respirasse junto com Viktor. Ele observava o dispositivo, seus olhos fixos nas engrenagens que ele sabia serem mais que metal e circuitos - eram a promessa de um futuro que ele tentava, em vão, alcançar. A dor que sentia fazia parte do processo, ele sabia, a ambição tinha um custo. No entanto, havia algo a mais, a necessidade de corrigir, de consertar o que estava errado, começando por ele mesmo.
Mas ela estava ali.
O ritmo dos seus passos leves no chão de mármore, a presença tão suave quanto a luz das lâmpadas que iluminavam a bancada de trabalho precariamente. Ela não dizia nada, mas ele podia sentir. Era a maneira com que o observava, como se soubesse da solidão que ele escondia sob o rigor de cada fórmula, cada cálculo. Ela não o via como uma máquina, nem como um monstro. Ela via o homem que ainda tentava, de alguma forma, buscar a evolução que ele mesmo acreditava inalcançável.
"A perfeição não é alcançável por mãos humanas, mas sua busca define quem somos."
Ele queria acreditar nisso. Queria acreditar que, se permitisse, a dor se dissiparia, que poderia olhar além da carne e ver mais do que as imperfeições que o definiam. Ele queria acreditar que ela seria capaz de ver o que ele não conseguia mais enxergar: a possibilidade de ser mais do que uma falha, mais do que uma sombra de si mesmo.
E, talvez, se ele se permitisse... ele também a veria.
ESSA OBRA É UM DARK ROMANCE!
Em meio ao caos da minha nova vida, descobri que o diabo não se resume ao estereótipo clássico de um homenzinho vermelho com chifres e rabo, mas sim habitava em um corpo real. Um indivíduo de cabelos pretos, pele clara, corpo robusto e atraente, olhos azuis e um passado que me intriga.
Na noite do casamento da minha mãe, deparei-me com ele, uma presença intrigante vestindo uma máscara adornada com chifres. Estava destinada a cruzar seu caminho, mas não contava com tantos traumas deixados por ele em mim. Fui embora após uma tentativa de assassinato, e retornei mais forte. Tornando-me uma agente policial da Interpol, sedenta pelo sangue de um psicopata implacável chamado Kastiel Kaltain. Andei entre uma linha tênue entre o céu e o inferno com ele, e quer saber? O inferno não é tão ruim como dizem ser...