Entre o Ódio e a Atração
Eu sempre soube que Mason e eu estávamos destinados a nos odiar. Desde que éramos crianças, não havia uma única vez que ele não conseguisse me irritar de alguma forma. Ele adorava me provocar, com aquele sorriso cínico e a certeza de que, por mais que eu tentasse, nunca conseguiria manter a calma. Eu, por outro lado, me divertia com a ideia de ser a única que conseguia tirar ele do sério. Nossas mães, melhores amigas desde jovens, sempre achavam graça no nosso desprezo mútuo. Mas nenhuma das duas sabia o que realmente acontecia entre nós - o abismo que se formava a cada palavra, a cada olhar trocado.
Acabamos de nos formar, e o universo parecia querer me desafiar. Onze horas de viagem com Mason ao meu lado, em um carro apertado, sem espaço para respirar. Ele não parava de me incomodar, fazendo piadinhas, mexendo comigo de forma que só ele sabia fazer. Eu mal podia esperar para chegar ao hotel e me livrar dele. A sensação de alívio foi rápida demais... até que, ao entrar no quarto, meu mundo desabou.
Mason estava lá, com aquele olhar de quem já sabia o que ia acontecer. "A cama é minha!" Ele disse, tão confiante, tão irritante. Eu podia sentir a raiva subindo. Como ele tinha coragem? Mas então, algo estranho aconteceu. Eu não conseguia parar de olhar para ele. O ar no quarto ficou denso, carregado de uma tensão que eu não entendia. Eu queria gritar, queria continuar a briga, mas algo dentro de mim me impedia.
O ódio que eu sentia por Mason parecia tão fácil de lidar quando era tudo que existia entre nós. Mas agora, com ele ali, tão perto, quase como se o tempo tivesse parado, percebi que o que eu realmente sentia era mais complicado. Não era só ódio... e, apesar de todo o orgulho e a resistência, algo mais, algo que eu me recusava a admitir, estava começando a crescer.
Será que a linha entre o desprezo e o desejo é tão fina quanto parece? E, se eu ceder um passo, será que eu ainda serei capa