"Naquele momento, a morte veio como um amigo gentil e o levou. A morte esteve sempre ao meu lado."
O Crown era a joia dessa cidade. Você ouvia o barulho do champanhe estourando, as risadas falsas causadas pela bebida execessiva, ao passar pela porta. Tudo naquele lugar era bonito, nada nunca parecia fora do lugar. Não combinava com a melancolia e a névoa ininterrupta do Vale das Cinzas.
Foi engano nosso assumir que o edifício era diferente, que havia algo bom nessa cidade. Nada aqui era bom ou bonito.
Não sei se as pessoas escolhem ignorar, os sopros, os ecos no meio da noite, os choros, os pedidos de socorro, os desaparecimentos e as mortes bizarras ou se simplesmente se acustumaram a eles. Nada aqui tem sentido lógico, tudo aqui está vivo, respirando. Ao mesmo tempo, tudo está morto, tudo é irreal. Como um País das Maravilhas distorcido.
Pensamos que éramos a solução, um grupo de heróis. A sensação alimentava nosso ego, iríamos colocar ordem na cidade. Estávamos enganados, o caos faz parte da gente. Todos percebemos isso. Menos Kian, ele queria mais. Ele queria vingança, ele queria causar o tipo de pavor que ninguém consegue escapar.
Ayla é uma garota que enfrenta desafios que vão muito além da adolescência. Sob o mesmo teto que sua meia-irmã Sienna e seu padrasto abusivo, Marcos, ela luta diariamente para se proteger de um pesadelo que parece não ter fim.
Na escola, Ayla é rotulada como a nerd chata e certinha - uma imagem que Dylan, o bad boy, se diverte em reforçar. Para ele, ela é apenas uma garota sem graça, escondida atrás de livros e notas altas. E para ela, ele é um arrogante insuportável, cercado por problemas. Cada interação entre eles se transforma em uma batalha de provocações, olhares tortos e discussões acaloradas. O ódio entre os dois é intenso.
Mas o que começa como aversão logo se complica. Dylan começa a perceber uma atração inesperada por Ayla, enquanto ela luta contra seus próprios sentimentos confusos em relação a ele. À medida que se conhecem melhor, Ayla descobre que por trás da fachada durona de Dylan existe um cara sensível e quebrado.
Conforme a situação com Marcos piora, surge a dúvida angustiante: será que ela vai conseguir vencê-lo e se libertar?
"Eu te odeio pra caramba!"
"Me odeia, amor?"
"Você sabe que eu faria você ir nas alturas e esquecer essa sua raivinha por mim, né, anjo?"