❝𝗦𝗼𝗯 𝗼𝘀 𝘁𝗲𝘁𝗼𝘀 𝗮𝗹𝘁𝗼𝘀 𝗱𝗼 𝘀𝗮𝗹𝗮̃𝗼 𝗽𝗿𝗶𝗻𝗰𝗶𝗽𝗮𝗹, onde as luzes das velas flutuavam como astros em um firmamento encantado, Narcisse deparava-se com uma verdade inescapável: sabia o que precisava fazer. Como uma tecelã às voltas com fios de destino entrelaçados, seu coração palpitava ao contemplar a grandeza do feitiço que teria de conjurar para corrigir um erro fatal - sua nota perdida, cuja recuperação era um fardo que lhe pesava mais do que os olhares críticos de seus professores. Sua varinha, marcada pelas cicatrizes de uma derrota no quadribol, tremia em sua mão trêmula, um símbolo de sua obstinação. Narcisse lançou-se ao desafio. As primeiras tentativas foram trágicas: feitiços que ricochetearam pelas pedras ancestrais de Hogwarts, desencadeando caos e máculas na majestade do castelo. A jovem bruxa, consumida por uma determinação cega, persistiu. Então, num último e desesperado agito, a magia rompeu os limites de seu corpo e mente, arrastando-a ao abismo da inconsciência.
Quando despertou,
horas haviam se esvaído, e o cenário ao seu redor parecia envolto em uma névoa de estranheza. Suas pernas trôpegas a conduziram pelos corredores familiares, que agora ostentavam uma aura de tempos esquecidos. Reconhecia o contorno das paredes, o frio das pedras sob seus dedos, mas não as faces dos alunos que passavam. E então, em uma curva de destino, seu olhar se deparou com algo impossível: James Potter.
O pai de Harry, tão vivo quanto a luz do dia, estava ali, envergando um sorriso jovial e uma postura que irradiava o carisma de sua lenda. Narcisse estacou, o sangue fugindo de seu rosto. Uma terrível conclusão formava-se em sua mente: ela não estava mais no presente.