Prólogo
Sofia, aos 19 anos, perdeu tudo: seus pais, sua casa e, o mais doloroso, a confiança em sua própria família. Criada pelos tios após a morte dos pais, ela foi cruelmente deserdada por eles, jogada em um mundo de perdas e traições. Mas, ao tocar uma ampulheta misteriosa em uma noite solitária, Sofia foi transportada para um outro mundo, onde memórias de uma vida de realeza começaram a surgir em sua mente.
Nesse novo lugar, ela não era mais uma jovem desamparada, mas uma princesa cuja coroa fora usurpada. Enquanto tentava entender os mistérios desse novo mundo, Sofia sentiu a presença de algo... ou alguém. A sombra de um príncipe, que, ao chamá-la, despertou nela algo que ela não compreendia. Com o tempo, Sofia se viu transformada: não mais uma princesa comum, mas a Princesa das Sombras, ligada ao príncipe de um reino oculto.
Agora, perdida entre dois mundos e dividida entre o passado e o futuro, Sofia deve desvendar os mistérios de sua nova identidade e decidir se será capaz de lutar pelo amor proibido e pelo trono perdido, enquanto se entrega ao destino que a liga ao príncipe das sombras.
A jornada de Sofia começa agora.
Sombra já estava acostumada a ser apenas isso: uma sombra aos olhos da sociedade que a marginalizava há 9 anos.
Depois de um evento traumático e divisor de águas em sua vida, Sombra aprendeu a se cuidar sozinha de um jeito que ela não precisasse depender de nenhum dos reinos que haviam a deixado na mão. Pelo contrário, ela, em sua concepção, agia em justiça: eles roubaram sua inocência, ela os roubava de volta.
Crescendo na rua com uma boa mão leve, foi criando para si uma grande reputação sem nunca ser pega, fazendo civis até mesmo acreditarem que havia sido uma entidade que enfiava a mão invisível dentro de seus bolsos.
Para ela, não passava de uma batedora de carteiras habilidosa, já para a Rainha de Althaia, ela era um meio de conseguir o que queria: respostas para a praga de um mito que vinha se mostrando mais real do que o apenas uma lenda.
No entanto, a lealdade de Sombra está depositada apenas em uma pessoa: nela mesma.