Na verdade, é curioso. É curioso como o mundo é tão grande, e isso faz com que romances de Estados Unidos se tornem romances Cariocas, da Bahia, de Minas, e até mesmo continuem sendo romances de Estados Unidos, sabe?
Aquele típico clichê de "Garota se descobrindo lésbica" & "Garota que já se descobriu lésbica". É doido, é incrível como eles se tornam cada vez mais inimagináveis, ou sei lá, improváveis. A vida leva cada um pra cada canto...
E você pode ser a Yasmin, uma garota que vem de São Paulo, capital. Tendo a vida foda, o que você pede que teus pais não te dão, né? A menos que se descubra lésbica... Aí as coisas mudariam, pouquinho, mas mudariam.
E da mesma forma que você pode ser Júlia, uma garota que nasceu, viveu e vive em Rio de Janeiro, cara. Você não tem noção quem são seus pais. Quando será que você não ouviu tiro? E sendo lésbica ou não, você vai ser aceita pela sua vó se todo jeito.
Mas assim, a diferença está quando vocês se encontram, sabe? Aleatoriamente, no meio da praia de Copacabana, e vocês se cruzam. Vocês se vêem, Yasmin sente aquele choque inicial, sem volta, sem fim. Mas e Júlia? Júlia sente o que sempre sentiu; Tesão.
Aí que entra a história... O choque de Yasmin nunca mais passa, e o tesão de Júlia vira amor... Mas cá entre nós, não é saudavel se relacionar com aquela patricinha que pode te abadonar do nada, né? Principalmente quando ela nem sequer se aceita gostando de meninas... E quem que vai impedir Júlia disso? Os pais dela? É claro que não. Vá em frente, que ambas se fodam, é um conto de fadas, tudo dará certo no final, talvez.