𝐓𝐄𝐎𝐑𝐈𝐀 𝐃𝐎 𝐂𝐀𝐎𝐒 | 𝐏𝐀𝐔𝐋 𝐋𝐀𝐇𝐎𝐓𝐄

Kate e Paul cresceram juntos na reserva, mas "amizade" nunca foi uma palavra que se aplicou a eles. Desde crianças, viviam em pé de guerra: ele se divertia tirando-a do sério, e ela nunca recuava.

A mãe de Kate sempre lhe contava histórias sobre seus antepassados: guerreiros que se transformavam em lobos gigantes para proteger seu povo de uma ameaça que ela nunca ousava nomear. "Um dia, você vai entender", dizia.
Kate não apenas acreditava nessas lendas, como tinha certeza de que também se tornaria uma grande loba. Sonhava em proteger sua terra e sua gente, assim como seus ancestrais. Mas Paul Lahote fazia questão de rir da cara dela, afirmando que, se ela tivesse que se transformar em algo, seria, no máximo, em um pinscher raivoso.

Temperamental e determinada, Kate não se deixava intimidar, enfrentando Paul de cabeça erguida - o que, em certo momento, resultou em um nariz quebrado para ele.

A vida, no entanto, lhe deu um golpe cruel quando sua mãe faleceu, forçando-a a deixar a reserva com seu pai. Kate construiu uma nova vida longe dali, erguendo muralhas cada vez mais altas ao redor de seus sentimentos, aprendendo a não se apegar, a não sentir.

Dez anos depois, Kate retorna a Forks e descobre que nem tudo permaneceu igual. Paul Lahote já não é mais o moleque insuportável que ela adorava odiar. Agora, ele é um homem: alto, musculoso e, para piorar, um cafajeste de marca maior.

Pelo menos até o imprinting cair sobre ele como uma maldição, consumindo-o com um desejo avassalador pela única garota que jamais poderia ser domada.

Kate sente a conexão, sente o fogo que a puxa para ele como uma maré inevitável. Mas ela promete a si mesma que não vai ceder. Não vai se dobrar a um destino que nunca escolheu.
Porém, o sangue dos antigos guerreiros corre em suas veias.

E, quando a mesma chama que arde em Paul começar a incendiar seu próprio peito, resistir a ele será muito mais do que difícil.

Será impossível.

iniciada: 05/02/2