Eu sou fragmentos do que era antes. Sinto que estou desaparecendo, desmanchando. A única parte boa que eu tinha era você. A única coisa que prestava em mim éramos nós. Quando eu te perdi, foi como se eu fosse empurrada em um precipício. Comecei a me afundar em algo que não deixaria nada além de destroços melancólicos de mim, quase a ponto de fazer com que eu sentisse pena de mim mesma. E então, ele chegou. Ele é como um crepúsculo e, ao mesmo tempo, uma aurora. Ele é como um sopro de calmaria enquanto rouba todo meu oxigênio. Ele é a única parte poética em mim, em meio a tanta podridão. Bom, como eu disse... Ele chegou. Agora eu me encontro tentando agarrar nas beiradas para impedir a minha queda e talvez, só talvez, ele estenda a mão e me segure. Ele pode me puxar para cima. Ele pode me salvar. Pode me destruir. Talvez, só talvez, ele impeça a minha queda. Ou provavelmente me empurre em direção ao completo declínio. Eu te perdi, Olivia. Eu nunca imaginei que perder você fosse doer tanto. Na verdade, eu nunca imaginei que fosse te perder. Você sofreu assim nas vezes que eu disse que iria embora? É estranho pensar que a única coisa constante da minha vida era você, desde o nosso primeiro suspiro. Agora eu estou aqui e não sei como você pôde decidir me deixar. Meu peito dói e meus olhos ardem como o inferno. Eu sei que não devo me apaixonar por alguém que representa tudo o que destruiu você, tudo que te fez estar definhando agora, mas e se essa for a única coisa que eu realmente quero agora? E se eu estiver disposta a me arriscar e aceitar que talvez acabe destruída também? Talvez valha a pena, se eu puder estar com ele.All Rights Reserved
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