O governo da Coreia criou os Alfas, híbridos de homem e máquina, projetados para serem armas perfeitas. Eles eram clonados apartir de soldados capturados, aprisionados em cápsulas de titânio e submetidos à lavagem cerebral através de um chip que apagava suas memórias. Sem passado, sem identidade, sem emoções, apenas instrumentos de guerra. Os Estados Unidos compraram essa tecnologia, buscando consolidar sua supremacia militar. A missão de transporte dos clones foi entregue à Força Aérea, e Maverick, um veterano piloto de combate, liderou a operação. Chegando em solo americano, os robôs foram descarregadas por caixas de aço, seus corpos idênticos e imóveis, aguardando ativação.
Os meses seguintes, os Alfas foram enviados para o campo de batalha ao lado de soldados humanos, trazendo vitória para os americanos. Outros países começaram a investir na tecnologia, negociando até mesmo vidas humanas para obter acesso a essas armas vivas. Os clones, antes soldados e civis sequestrados, agora eram peças de um jogo de poder. Mas onde havia bondade, também havia crueldade. O domínio americano despertou uma reação feroz: o Afeganistão declarou guerra. Para conter a ameaça, aviões foram carregados com soldados e clones desativados, prontos para uma ofensiva devastadora. Entre os militares a bordo estava Maverick, enfrentando seu primeiro combate em terra firme.
Uma guerra, duas semanas, um espetáculo brutal de violência e destruição. Homens baleados, decapitados, esmagados. Robôs caíram sob tiros de metralhadora, os corpos artificiais perfurados como os de humanos. O sangue e o metal se misturaram, tingindo a terra de vermelho. O ar era denso com o cheiro do massacre. Dois sobreviventes em meio aos destroços: Maverick, o último soldado americano, e o Robô 269, danificado e sem comunicação com a base.
Agora, presos em território inimigo, homem e máquina estavam sozinhos. O resgate viria?
Ontem eu era um ser humano.
Hoje não passo de um pedaço de carne.
Houve um tempo em que duvidei da existência de alienígenas. Agora sou um crente.
Estou sozinho no palco, vulnerável, assustado, suando sob os holofotes. Enquanto isso, uma multidão de monstros alienígenas está dando seus lances.
O prêmio? Eu.
Este lugar é um mercado de carne. Literalmente. Para essas feras alienígenas, não sou nada além de uma iguaria. Um pedaço saboroso de comida exótica.
Exceto pelos alienígenas que realmente acabam me reivindicando.
O Raksha.
Cinco machos aterrorizantes de pele roxa, todos músculos ondulantes e domínio alfa rosnado. Esses caras têm um tipo diferente de fome ardendo em seus olhos laranja. Eles me possuem agora, corpo e alma. Eu sou seu bichinho de estimação, seu brinquedo. Deles para usar, compartilhar, dominar como acharem melhor.
Acontece que os Raksha têm um problema. Suas fêmeas se foram, dizimadas por uma praga mortal. Toda a sua espécie agora está condenada à extinção.
Por alguma razão, eles acham que eu posso ajudar. E eles estão prestes a me mostrar como.
Eu diria que minhas chances de retornar à Terra são mínimas.
Quando os Raksha terminarem comigo, talvez eu não queira mais.