Destruição Por Diversão

Prólogo

O céu nunca foi tão belo. A luz dourada do crepúsculo iluminava a terra abaixo, como uma pintura perfeita, uma obra divina. Mas, por trás dessa cena idílica, a verdade era muito diferente. Os deuses, sentados em seus tronos celestiais, observavam as civilizações humanas como meros espectadores de um jogo. Seus risos ecoavam pelo cosmos, ritmados pela destruição que orquestravam a cada respiração.

Eles não viam os humanos como seres dignos de respeito, mas como peças em um tabuleiro. O sofrimento, a morte e a perda eram apenas formas de entretenimento, e o caos, sua maior diversão.

Por milênios, os mortais viveram sob a crença de que os deuses eram benevolentes. Oravam, sacrificavam, pediam por favores e proteção. Mas não sabiam que seus destinos estavam sendo escritos por mãos invisíveis, que se divertiam com o desenrolar de suas tragédias. Para os deuses, tudo não passava de um jogo - e os humanos, apenas fichas descartáveis.

Mas algo começou a mudar. Não era visível a olho nu, mas dentro de alguns corações humanos, uma semente de dúvida estava sendo plantada. Alguns começaram a perceber os padrões, as manipulações. Aos poucos, compreenderam que suas vidas não eram mais do que peças em um tabuleiro, controladas por forças que não entendiam. E se não podiam lutar contra o destino, poderiam, ao menos, desafiar seus mestres.

Na sombra do desespero e da dor, uma chama de revolta se acendeu.

Os deuses riram. Mas, desta vez, o riso soou como uma ameaça.