Quando a Campainha Tocar... (Jikook)

Estamos acostumados com a realidade familiar de filhos sendo criados e cuidados pelos pais, sem o peso da responsabilidade de uma vida adulta. Claro, afinal, não é isso que esperamos para uma criança ou um adolescente. O encargo de uma vida acadêmica bem sucedida é a única pretensão para quem quer que esteja abaixo da maioridade.

Mas, e quando o adulto atinge o limite de uma vida desgastada e se deixa levar à insanidade, ou, quando um imprevisto trágico interrompe sua vida, quem estará encarregado de amenizar o impacto desse trauma na vida de uma criança?

Gabriel (Jungkook) nunca esteve preparado para lidar com a realidade de um pai presidiário e uma mãe assassinada, muito menos com a responsabilidade de cuidar de uma criança psicologicamente ferida. As autoridades nunca foram um refúgio e sim mais um pesadelo. A dor do luto nunca se tornou menor, porém, para tentar tornar sua vida menos trágica, ele sempre buscou levar tudo na graça e leveza, como um palhaço de circo à beira de um precipício, em decadência emocional.

Sem um propósito certo além de buscar proporcionar à sua irmãzinha uma vida minimamente confortável, entre corres e bicos, encontrou alguém por quem lutar. Um anjo preso em meio a ruínas tão estilhaçadas quanto às suas, enfrentando uma realidade tão dura quanto aquela que um dia presenciou dentro da própria casa.

Mais uma vez, estava presenciando alguém se levar ao limite da própria infelicidade. No entanto, não seria ele a deixar aquilo acontecer diante de seus olhos mais uma vez. Percebeu que, em sua vida, nem tudo estava perdido e que existia sim uma luz no fim do túnel, algo bom poderia se construir partindo de sua luta.

A sua luz era Miguel (Jimin), era por ele que iria lutar.

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