Noites de lua fria

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Noite de Prata

Na vastidão da noite, o céu silencia, Um véu de estrelas borda a escuridão fria. Sob a luz da lua, prata reluzente, O mundo se curva, em calma envolvente.

A lua cheia, altiva, brilha sem temer, Uma rainha solitária, no céu a reinar. Seu rosto redondo, sereno e plácido, Ilumina caminhos de destinos esquecidos.

O vento gelado dança por entre os galhos, Cantando murmúrios de tempos antigos. As árvores sussurram segredos ao chão, Histórias de eras que o tempo levou em vão.

O lago imóvel reflete o luar, Um espelho de prata, quieto a guardar. Ondas tímidas surgem, tímidas se vão, Levando consigo um toque de solidão.

A neve, que cobre o mundo ao redor, Brilha como diamantes, no frio maior. Cada floco, um suspiro da noite, Caindo suave, sem peso ou açoite.

Passos ecoam na trilha deserta, Corações em busca, almas despertas. Sob o olhar da lua, tão cheia de mistério, Pensamentos vagam, leves e etéreos.

Há magia no ar, um perfume sutil, Que mistura saudade e um sonho pueril. Noite fria, guardiã do não dito, És poesia viva, um verso infinito.

Noite de prata, de gelo e de luz, Tens um encanto que a ninguém seduz. E mesmo ao partir, ao ceder ao dia, Levarás contigo a doce melodia.