Em um cosmos onde o amor desafia a eternidade, a Lua e seu Rei são condenados a um ciclo infinito de paixão e perda. Reencarnados nos corpos de Abel, um jovem solitário com a sabedoria das estrelas em seu peito, e Benjamin, herdeiro da facção sombria "Hospedeiros do Caos", eles despertam em um mundo moderno dominado por guerras invisíveis. Enquanto Abel busca respostas no brilho da lua cheia, Benjamin luta contra o legado cruel de seu pai, Arthur, braço mortal da implacável Razão.
Ameaçando seu reencontro está Alé, guerreira imortal e arma da Eternidade, dividida entre seu dever de destruí-los e uma conexão inexplicável com Benjamin. A ela se opõe Bila, enigma vivo que carrega quatro almas ancestrais da constelação da Lua - cada uma com poder único: Ares, o destruidor; Lyra, a estrategista; Selene, a pacificadora; e Cassiopeia, a sombra vingativa.
Enquanto facções colidem e identidades se despedaçam, a batalha entre amor e ordem cósmica se intensifica. Alé, confrontando seu próprio passado fragmentado, e Bila, equilibrando múltiplas existências em uma só carne, tornam-se peças-chave em um conflito que pode reescrever o destino dos céus e da Terra. Em meio a golpes de guerra e lampejos de humanidade, a pergunta ecoa: o amor imortal sobreviverá à frieza da eternidade, ou sucumbirá às cicatrizes do tempo?
Uma saga épica onde mitologia e realidade se entrelaçam, explorando sacrifício, identidade e a força indomável do amor contra as formas cruéis do destino.
Duas almas atravessam o véu entre os vivos e os mortos no mesmo minuto, segundo e hora. Do mesmo dia, mês e ano. Sob a luz de uma lua de sangue.
Uma delas segue o seu caminho e encontra a eternidade.
A outra, com sede de sabedoria mesmo na morte, observa sua contraparte atravessar, mas ela não segue o mesmo caminho. Em vez disso, a alma curiosa, se aproxima do local de onde a outra veio, ela não vê muito, está turvo, como se estivesse debaixo d'água. A alma estende a mão, ela não consegue puxar de volta. Se ainda tivesse um corpo físico ela estaria franzindo as sobrancelhas enquanto faz força para soltar a mão de sua prisão invisível. A alma desiste. Ela se aproxima mais e passa uma perna, depois outra e então a cabeça. Derrepente, a alma esta sendo puxada, ela não sabe oque é aquilo ou como parar. Então ela flutua e flutua enquanto é arrastada pelo nada.
E então tudo para.
Ela sente dor, seu corpo todo protesta. Seu estômago geme de fome e ela não consegue respirar. Dois olhos cinzentos se abrem para a escuridão, apenas uma luz avermelhada iluminando o lugar, ela grita.