Sob o olhar dos deuses

deuses em campo.

Era assim que ela via seu irmão, seu time, seu coração fora do peito.
Aquele escudo Azul e branco, não era somente um hobbie, uma distração, um passatempo.
Aquele time, era sua vida. Sua vida até, aquele ser maléfico, enviado para matar a união construída de anos, a fazer perder o equilíbrio
Eles ganharam, venceram, se classificaram
Para ela, o melhor dia da sua vida, e a maior vitória alcançada desde que seu pai havia morrido

Para ele, por incrível que pareça, um ganho. Mesmo seu time perdendo.
Gavi não sabia como aquela moça o derrubou, como os dois pararam no chão.
Não soube como, sob a pressão de uma nação, ele não voou para cima dela, a empurrando, gritando. Não soube como precisou que alguém o socasse no estômago, para perceber, que a menina que havia quebrado o braço enquanto caía em cima dele, ao se jogar do tabloide, seria sua maior conquista
Ou melhor, sua maior vingança...
Ele só não esperava, que após sua ida para a copa, Pablo Gavira, iria lutar, pela primeira vez na vida, por um troféu inestimável: A paixão da italiana

Será que alguém, com o espírito de Ícaro, na mitologia grega - audaciosa, desafiadora e impassível às tentações do mundo à sua volta- como Francesca Rubia Frattesi, que o via como uma faísca prestes a se apagar - uma chama que nunca poderia tocar sua própria chama fria e controlada, seria tocada, e perderia suas asas?