《 🔬 ☼ ☽ Aos 18 anos, depois de meses paralisada pela dor, ela finalmente pisa no campus da universidade onde sua irmã sempre sonhou estudar. Abigail desapareceu sem deixar rastros. A mãe morreu pouco depois, em um acidente brutal. E o pai... Bem, o pai se tornou uma sombra de si mesmo, deixando Grace sozinha no alojamento, tentando fingir que uma vida normal ainda era possível.
《 🔬 ☼ ☽ Mas Grace não estava interessada em seguir regras. Quando surgiu a chance de participar de uma robô luta clandestina, um esporte ilegal e violento entre engenhocas mecânicas pilotadas por jovens geniais, ela aceitou sem pensar duas vezes. Era perigoso, sim. Mas era algo. Era ação. Era raiva canalizada. E por um momento, ela voltou a sentir algo além de vazio.
《 🔬 ☼ ☽ Até que perdeu. Não por falta de habilidade, mas porque seu oponente trapaceou. Roubou seu dinheiro. Levou seu robô. E sumiu.
Grace tentou ir atrás. Mas ele desapareceu como um rato esperto. Ela engoliu o ódio e voltou à rotina, mais amarga, mais determinada.
《 🔬 ☼ ☽ Semanas depois, sentada entre os calouros de sua turma, ela ouviu uma voz conhecida. Ao levantar os olhos, lá estava ele. O garoto trapaceiro. No palco. Sorrindo, brilhando com uma ideia genial que arrancava aplausos da plateia. E o pior, seu pai, o mesmo homem silencioso e quebrado que mal a olhava, estava ali, impressionado, aceitando o garoto como um prodígio.
《 🔬 ☼ ☽ Mas Grace não era mais a mesma. E agora ela tinha um motivo. Ele roubou mais do que um robô. E ela estava pronta para cobrar.
"- Você me quer lá...
Apoio minha mão esquerda no colchão e a outra proximo ao seu rosto, desta vez sou eu que estou no comando. Seus olhos me queimam de um jeito bom, o frio se derretendo aos poucos.
- Não sei porque, mas também quero estar lá... com você. - Passo meu dedo na sua bochecha carinhosamente, ela olha para o movimento e depois se perde em meu rosto novamente."
🫀
Um romance entre a amizade que se transformou em ódio.
Faith sabia muito bem o que estava fazendo, cada palavra dita foi memorizada e ensaiada para ao menos gaguejar, era pequena, mas de infantilidade ou imaturidade não tinha nada.
Parecia ter nascido em um corpo de criança quando sua mente era quase de uma adulta, uma fria, quieta, sozinha.
Daquela vez foi tão explosiva, mas não se arrependia, o queria longe o suficiente para nunca mais ouvir sua voz ou sentí-lo novamente. Queria o deixar ir, mesmo que isso a machucasse em um lugar desconhecido de si. Queria que ele fosse feliz, que a deixasse, e sabendo que nunca aconteceria, o fez por ele.
Porque ela sabia não ser suficiente para nada e nem ninguém, era muito quebrada para isso, deduziu isso após ser tão observadora com as crianças que tinham sua mesma idade. Ela não tinha nada igual a elas, fazia coisas que duvidava que teriam coragem, e não sabia se deveria se sentir arrependida, pois não sentia um remorso ou a sensação do errado.
Era tão fria e gélida, desde que se entendia por gente que nunca pensou no que era a sensação do quente.