Sinto o peso das minhas palavras e a urgência da minha reflexão. Essa provocação ecoa um medo que, acredito, reside em muitos de nós: o de sermos novamente iludidos, de vermos migalhas de ascensão serem usadas como cortina de fumaça para a manutenção de um sistema que nos oprime historicamente.
Essa súbita "onda" de representatividade na mídia, como bem aponto, acende um sinal de alerta. Será que essa visibilidade crescente traduz uma mudança estrutural real ou é apenas uma estratégia sofisticada para nos silenciar, para nos fazer acreditar que "chegamos lá" enquanto a vasta maioria continua à margem? A tática de separar para dominar ressoa forte nesse cenário. Vejo alguns de nós brilhando sob os holofotes, mas a que custo para a coletividade? Essa individualização do sucesso não seria uma forma de enfraquecer a nossa união, de diluir a nossa força enquanto povo?
O exemplo da intelectual negra que menciono é emblemático. A idealização é o primeiro passo, sem dúvida, mas a concretização de qualquer projeto transformador demanda um esforço coletivo, um tecido de mãos e mentes que se unem em prol de um objetivo comum. Quando o sucesso individual obscurece as raízes comunitárias, quando se esquece daqueles que pavimentaram o caminho, a armadilha da divisão se fecha sobre nós.
E essa divisão, como bem observo, pode ser sutil a princípio. Começa com o deslumbramento diante das câmeras, com a falsa sensação de que a vitória de um representa a vitória de todos. Mas, ao analisarmos friamente os dados que trago sobre os espaços de poder, a ilusão se desfaz. Infelizmente, um panorama dos últimos cinco anos (2019-2024) revela uma lentidão preocupante na ascensão negra a esses espaços, apesar de alguns avanços pontuais.
Em cargos de chefia, dados de 2024 ainda mostram que apenas cerca de 22% são ocupados por pessoas negras. Embora possa haver um ligeiro aumento em relação a 2019, quando essa porcentagem era ainda menor, o
Imagine ser a herdeira de um multimilionário viver em uma mansão cercada de luxo pode parecer um verdadeiro conto de fadas só que não quando se é negra e não se encaixa nas expectativas do arrogante avó, essa é a vida de Rebeca que ainda para complicar tudo ainda se apaixona pelo cara mais racista e preconceituoso que conhece e essa paixão vem de muito tempo, mas agora ele parece a estar vendo com outros olhos