Resumo
O salão estava lotado. Luzes fortes, sorrisos forçados e o calor abafado de um auditório cheio de pais, colegas e professores. Isabel apertava o papel do discurso entre os dedos. Suas mãos estavam suadas, e o coração batia tão alto que ela achava que todos ao redor podiam ouvir.
O vestido, escolhido às pressas pela Lyna - sua colega de quarto e, no fundo, sua maior rival disfarçada de amiga - era simples demais. *Sem brilho, sem corte ousado, sem nada que chamasse atenção.* A intenção era clara: ofuscar Isabel, fazê-la passar despercebida.
Mas não funcionou.
Do outro lado do palco, *um homem a observava como se ela fosse a única pessoa naquele salão.* Alto, de postura relaxada, ele estava encostado casualmente em uma das colunas laterais. Usava um terno escuro, bem cortado, e segurava uma prancheta com os nomes dos formandos. O cabelo bem penteado denunciava cuidado, mas o olhar... aquele olhar não era de diplomata. Era de predador.
*Brown.* O empresário convidado pela universidade para entregar os certificados e promover as bolsas que patrocinava. Não era um professor. Não era um parente. Era um estranho - e, ainda assim, *os olhos dele a atravessavam com uma intensidade que quase queimava.*
Isabel desviou o olhar, o rosto corando, como se tivesse sido pega em algo indecente. Mas sabia: ele não parava de encará-la.
Enquanto Lyna ria e cochichava algo venenoso ao ouvido de outra colega, Isabel tentava se concentrar no texto do seu discurso. Mas era impossível. *O olhar de Brown a puxava.* E, por mais que tentasse ignorar, havia uma parte dela - escondida, quase silenciosa - que queria ser olhada assim.
Desejada assim.
Você era uma simples secretária, vestida com uma saia lápis até os joelhos, um blusa social com um tom salmão e algumas listras brancas, gola engomada, um casaco que cobria toda minha roupa, naquele dia frio, cheguei na empresa todos me olham como sempre, a pergunta era: " como você o suporta?". O senhor Santana, era meu chefe, a dois anos e meio, e nunca deixou de berrar muito menos de reclamar da minha caligrafia horrível, eu não tinha algum reconhecimento da parte deles, mais na empresa pos funcionários diriam que me chamavam de: "salvação do demônio". O senhor Santana, era arrogante, prepotente e nunca, nem ninguém era bom o suficiente em sua classificação! Para mim ele não passava de um bastardo infeliz. Eu odiava aquele homem, como uma pessoa conseguia ser tão, arrogante? O Deus! Tudo isso irá mudar, você está terminando a sua faculdade, e esse estágio acabará.